Bem-vindos professoras e professores!

Este espaço foi criado com o objetivo de possibilitar a sugestões de materiais de apoio, como artigos, livros, filmes, curta metragens, de modo a contribuir com o aperfeiçoamento e a multiplicidade dos conhecimentos compartilhados na rede Municipal de Educação de Araquari.

A cada 15 dias serão feitas aqui sugestões de materiais acompanhados de breves resumos. Além disso, disponibilizamos uma pasta-repositório com conteúdos de livre acesso. Acesse o link abaixo e bom proveito!

Clique aqui para acessar os aquivos

Tem sugestão de materiais?

Encaminhe para a gente através do e-mail: numae.araquari@gmail.com

O jovem Sam

A dica de hoje é para quem gosta de “maratonar” séries e gostaria de conhecer um pouco mais sobre autismo. Atypical é uma série protagonizada por Sam, um jovem de 18 anos que tem o diagnóstico de autismo. Ao longo dos episódios, de uma forma bem humorada e leve, podemos acompanhar as angústias de um jovem, que, com sua individualidade, busca viver sua vida de forma autônoma.

Dilemas da vida de muitos jovens podem ser acompanhados a partir das vivências de Sam - as angústias de iniciar sua vida profissional, assim como a conquista de um primeiro amor. Além disso, a série retrata com cuidado as especificidades da família de Sam, que, acompanha e se afeta pelos acontecimentos de sua vida.

Um tema de destaque da série é o autismo, por isso é importante destacarmos que um diagnóstico não define uma pessoa. É necessário conhecermos a pessoa, sua história e seus interesses. Nesse artigo (clique no botão abaixo), de autoria de Silvia Ester Orrú, Pedagoga e Doutora em Educação, você pode ler mais sobre essa temática:

Para estudar sobre autismo, também recomendamos o evento online, 2ª semana do Autismo, que ocorreu em março de 2020 e tem conteúdos abordados por profissionais de diversas áreas. No canal do YouTube do Movimento Singular, você pode acessar todos os vídeos. Clique no link a seguir para saber mais:

Alike

A dica de hoje é de um curta- metragem: Alike. O curta foi lançado em 2015, sendo dirigido por Daniel Martínez Lara e Rafa Cano Méndez. Em oito minutos de duração, o material artístico consegue apontar questões e reflexões variadas.

Em meio a diversas interpretações possíveis, o que mais chama a sua atenção nesse curta metragem? De que forma ele te afeta?

Alike está disponível no YouTube a partir do link: https://youtu.be/kQjtK32mGJQ

Quer compartilhar conosco o que pensou ao assistir? Quer sugerir algum material para indicarmos nesse espaço? Escreva para numae.araquari@gmail.com

Como Estrelas na Terra

O filme conta a história de Ishaan, um garoto indiano de 9 anos de idade que tem dificuldades de aprendizagem, entre as quais, dificuldade para ler e escrever. Após uma série de reclamações na escola, o pai de Ishaan decide colocá-lo em um internato, que possui muitas regras e um ensino tradicional. Com a mudança o menino fica deprimido, sentindo-se sozinho, abandonado e com os mesmos problemas de aprendizagem.

Podemos notar, ao assistir o filme, que o que o menino Ishaan passa é uma realidade de muitas crianças e jovens que sofrem com um sistema educacional ainda não adaptado para receber a diversidade que caracteriza o desenvolvimento do ser humano.

Com a chegada do professor substituto de artes Nikumbh, e seu olhar atento, ele revela não só as falhas, nas quais se detêm os outros professores, mas também as potencialidades do aluno, e com elas a possibilidade de construção de alternativas possíveis para contribuir com a aprendizagem do aluno. Para isso, o professor se utiliza de recursos diferenciados, contribuindo para o fortalecimento de sua autoestima, e compartilhando com o aluno que ele mesmo também faz parte desse grupo, dando-lhe ao mesmo tempo um modelo e um suporte.

É importante assinalar também que o professor não busca apenas inserir Ishaan no contexto de sua disciplina, mas procura formar uma rede, acessando o diretor da escola, pedindo-lhe que fale com os outros professores e contatando a família do garoto para compartilhar sobre o padrão nas suas dificuldades, além de buscar entender um pouco de seu contexto.

O filme trata não somente sobre a relação do menino com a escola e os professores, mas também como a família e a escola interagem nesse processo de escolarização. Podemos ver que as formas como a família e a escola lidam com as dificuldades apresentadas produzem diferentes efeitos no desenvolvimento das potencialidades de uma criança.

Esse filme é rico em detalhes, que quem trabalha, diariamente, com as crianças em sala de aula pode facilmente perceber e identificar.

“Abram as portas,

Afastem as cortinas,

O vento está preparado,

Agora deixe-o voar.

Tragam suas pipas,

Tragam suas cores,

Vamos decorar a abóbada do céu.”

(Trilha sonora – Filme Como estrelas na terra)

A Língua das Mariposas

Nossa dica da vez é o filme A língua das Mariposas dirigido por José Luis Cuerda em 1999. O filme se passa em uma vila da Espanha no final da década de 1920. O protagonista da história é o menino Moncho, que está prestes a ter seu primeiro dia na escola.

Moncho tem medo da escola, devido ao que já havia sido relatado por seus pais e seu irmão sobre os métodos disciplinares violentos, muito utilizados pelos professores da época. Para a surpresa do pequeno Moncho, seu professor, um senhor de mais idade chamado Don Gregório, não fazia uso de tais métodos nos processos de ensino-aprendizagem, lançando mão de outras estratégias pedagógicas como o diálogo e o respeito mútuo com as crianças. Além de uma maneira especial para despertar a curiosidade dos seus educandos.

Você pode acessar o filme A língua das Mariposas através do link: https://www.youtube.com/watch?v=-FWpsPiXuTI

Como complemento para as reflexões oportunizadas pelo filme também indicamos o artigo “A afetividade em sala de aula: As condições de ensino e a mediação do professor” de Sérgio Antônio da Silva Leite e Elvira Cristina Martins Tassoni, disponível no nosso repositório: https://drive.google.com/open?id=1-iPfjnxzm1z5HcInYQnRkewqFTev46vc

1º semana

"Quando eu voltar a ser criança"

Em tempos de distanciamento social, iniciaremos uma série de dicas de materiais complementares, como literatura e cinema, com uma dica de leitura leve, bela e que serve de inspiração para todos aqueles que trabalham com crianças.

“Quando eu voltar a ser criança”, do autor polonês Janusz Korczak, publicado pela primeira vez em 1925, nos faz um convite a refletir acerca de nossas relações com as crianças, além de nos convidar, a cada página, a um resgate de vivências de nossa própria infância.

A história tem início quando um professor tem um desejo realizado por um gnomo: voltar a ser criança. Passamos a ver, pelas lentes de uma criança – que já foi adulto, e professor – a rotina diária das relações com a família, com os profissionais da escola e com os colegas.

Faz-nos lembrar dos nossos próprios percursos e aventuras com os colegas para/na escola, além de possibilitar um novo ponto de vista sobre como é fracassar e perder a confiança em si mesmo, bem como perceber sentimentos de medo e vergonha a partir do lugar social da criança. Até mesmo questões do cotidiano escolar, apontadas frequentemente pelos profissionais, como a falta de motivação e a desatenção em sala de aula, aparecem com destaque nos relatos do menino que já foi adulto um dia.

Você já se pôs a imaginar como seria, hoje, voltar a ser criança? Você gostaria de voltar a ser criança?

Para finalizar, deixamos aqui algumas palavras iniciais do autor dedicadas ao leitor adulto:

Vocês dizem:

- Cansa-nos ter de privar com crianças.

Têm razão.

Vocês dizem ainda:

- Cansa-nos, porque precisamos descer ao seu nível de compreensão.

Descer, rebaixar-se, inclinar-se, ficar curvado.

Estão equivocados.

- Não é isto o que nos cansa, e sim, o fato de termos de elevar-nos até alcançar o nível dos sentimentos das crianças.

Elevar-nos, subir, ficar na ponta dos pés, estender a mão.

Para não machucá-las

Arquivos